Metade de mim adoraria perde-se nos teus braços. A outra metade implora para que esse sentimento fosse jogado ao lixo. Eu busco esforços para me livrar de você, mas em meus pensamentos a única coisa que existe é seu nome e seu rosto. E esses já não podem me salvar sendo somente letras e lembranças embaçadas. Não sei se é medo, mas me segura fortemente evitando que eu possa me entregar a ti. Não sei se é paixão, mas me deixa louca se não te vejo. Essa confusão me deixa totalmente perdida e quando começo a enxergar a saída você consegue apagar o caminho. Já tentei te esquecer, o que se tornou impossível já que o nosso encontro é inevitável. Já tentei me aproximar o que se tornou doloroso, já que por vezes se fez indiferente a minha presença. Não sei se prefiro te amar ou te odiar. Eu não sei mais nada. Em mim não existem respostas, só perguntas intermináveis. Em mim o que resta são lembranças do que poderia ser nos dois. São momentos inexistentes, ilusões. Restam fotos inocentes e momentos que fizeram crescer em mim, isso que me cega. Restam lagrimas que derramei por ti, dores que senti. Restam forças para suportar esse vazio, para seguir meu caminho. Em mim ainda existe o teu cheiro, o teu sorriso, todas as palavras pronunciadas. Ainda existe essa confusão, um coração meio perdido. Em mim, por mais que eu não queira, ainda existe você!
Por : Julia Rovena – 10/05/2011
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